Ralhei-lhe logo de manhã, depois de uma noite mal dormida. Ralhei-lhe porque a sua birra non-sense me fazia sentir ainda mais a cabeça pesada de sono e vazia de calma. Ralhei-lhe baixinho, como faço sempre, sem gritos, de cócoras à altura dos seus olhos, os meus nos dela… "Francisca, acabou a birra". Secou as lágrimas gordas, cheias de sono depois de uma noite de tosse, acalmou-se e perguntou-me se estava triste. Disse-lhe que não, que a Mãe estava zangada porque a Francisca estava a "birrar". Francisca olhou-me nos olhos e perguntou, a limpar o ranho com as costas da mão, se eu gostava muito dela. Respondi que sim, que gostava muito dela, mais do que tudo neste mundo e em outros, mais do que tudo o demais, que sim, que a Mãe gosta muita dela e que a Francisca vai sempre no coração da Mãe. "E a Mãe no coração da Paquica". Ralhei-lhe logo de manhã, como não costuma acontecer. Teve de ser. Motherhood is not for sissies, they said. E eu concordo.
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Às vezes tem mesmo de ser... Custa-nos, sentimo-nos muitas vezes mal por isso, mas educar também é isso. E tu fazes um bom trabalho nesse sentido. A Francisca é muito educadinha. Beijossss
ResponderEliminarUi, ninguém disse que seria fácil, mas há dias mesmo muito difíceis!
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