07 novembro 2014

(D)as dores (do mundo).

Diz-se que o limiar da dor tem um valor para cada indivíduo, na natureza única de cada um de nós... "Como classificaria a sua dor numa escala de 1 a 10?". Consigo apontar para onde me dói, sei que é de natureza palpável, visível aos olhos da medicina moderna. E isso, para mim,  é um conforto. Antítese? Não. Durante anos, existiam outras dores tão mais fortes e que não eram vistas num ecógrafo, num raio-x, em valores alterados de análises. Prefiro estas. Diz-se que uma pessoa se consegue adaptar e habituar a quase tudo, até a viver com dor crónica. Sim, uma pessoa habitua-se a tudo. Sim, a vida decorre, a terra continua a girar sobre o seu eixo, dia-noite-dia-noite... Prefiro dores claramente identificáveis, aqui, ali, mais para a esquerda...sim, prefiro estas, as que cedem a analgésicos. E depois, "after all tomorrow is a new day...". E a vida decorre, dia-noite-dia-noite... 

1 comentário:

  1. Tenho um nível baixíssimo de tolerância à dor, mas ainda assim prefiro as que passam com analgésicos!

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