Quando regressei encontrei no aeroporto, numa estatística improvável, alguém que fez parte da minha vida há muitos anos. Passado de mim, esse pretérito tão imperfeito. Há muitos anos que não a via. Não senti nada. Nada. Na distância dos anos e na ausência de sentidos e sentir, não consegui sentir nada quando a vi em direcção a mim e me cumprimentou como se ainda ontem tivéssemos estado numa qualquer aula, num estardalhaço tão típico seu e a contar as suas férias. Não me importei minimamente de não sentir, gostei, até, da ausência de fosse o que fosse. Nem alegria, nem zanga, nem riso, nem choro, nem tristeza, muito menos saudade. Nada. Talvez e só, indiferença.
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