30 junho 2014


Sometimes I get lost inside my mind...

Não quero mais que te dar um beijo de boa noite, todas as noites. Minto. Quero também ver-te sorrir e ouvir-te rir, todos os dias. Não quero muito mais do que o que a Vida já me deu. Minto. Quero muito mais, por ti, para ti. Quero dar-te o Mundo, o Mundo que carrego contigo nos meus braços, mas também todo o outro Mundo, aquele lá fora, do qual não serei capaz de te proteger. Quando esse Mundo for tão frio e escuro que te assuste, volta para o Mundo que criei para ti, aquele no meu colo. Tenhas 3 ou 30, Francisca.

26 junho 2014

Francisca, a Internacional (nos pés).

(tive diversos ataques de nervos&coise quando a vi assim... mas como foi desencantar a caixa das sandálias novas e as quis calçar, creio que há esperança em poneisadas diversas.) 

Gente "féshione", dai-me aqui uma ajudinha.

Maneiras que tenho um casamento (outro) este Sábado. Depois de amanhã. O último a que fui, no Sábado passado, correu tão bem (ou tão mal) que o meu vestido lindão, até ao pé, ficou impróprio para uso em nova ocasião semelhante. Tenho mais vestidos, mas não m'apetece, parecem-me todos ou muito pesados, ou já usei, ou não estou para aí virada. Maneiras que tenho um "jumpesuite" verde assim muito bonitinho xpto do covil habitual, ainda com a etiqueta lá pendurada, que me parece que com uns belos sapatos de salto bem alto, vai fazer o "autefite". Mas surge-me aqui uma (pertinente) questão: será que o termo "a-gaja-que-vai-de-calças" a um casamento ainda se aplica ou jumpesuite é coisa para lá de "féshione"? Ajudai-me, sim? Agradecida! 

25 junho 2014

Sometimes I get lost inside my mind...

Não seria capaz de largar tudo e ir viver para o campo. Literalmente, para o meio do campo. Também não creio que seria capaz de me tornar vegetariana. Gosto do meu telefone. Gosto do meu computador. Gosto da internet e da televisão. Gosto de cremes (não testados em animas, sempre), de roupas, de me pintar. Gosto dos cremes para o meu cabelo, de verniz nas unhas, do cheiro do meu perfume de sempre. Gosto, também, de sol, de chuva, de mar, mas não de praia. Gosto de vento, gosto de verde também, mas muito mais de azul sem fim. Gosto do cheiro da terra molhada, do cheiro a maresia. Irritam-me as gaivotas, irritam-me profundamente. Gosto dos avanços da medicina, dos novos medicamentos, de novos procedimentos, menos invasivos, menos dolorosos, de recuperação mais rápida. Gosto da ideia da liberdade no ser Mãe, com tudo o que isso envolve e acarreta. Gosto muito de ser Mãe mas gosto ainda mais da minha Filha. Gosto dela e não sei explicar como ou quanto. Gosto da lata dela, do sorriso mimado e do chantagismo no seu "Mamã querida?" Gosto de andar de cara fechada e sorrir abertamente quando me apetece. Gosto de andar de carro (enquanto o puder sustentar, claro) e prefiro mil vezes as auto-estradas a estradas nacionais. Não gosto de pagar para circular mas gosto muito menos de estradas nacionais. Gosto da Via Verde. Gosto do som que o turbo do carro faz. Gosto de roupas com folharecos e laços para a Francisca, mas não me importa minimamente a etiqueta, desde que, aos meus olhos, seja bonito.

Dizem que há toda uma nova geração dentro da minha: mais green, mais desprendida, mais ligada a eles próprios. Dou por mim a pensar que não evoluí, talvez, o suficiente para esse estado. Talvez seja um espécime da minha geração que regrediu. Eu, como (quase) todos que fazem parte do meu Mundo. Talvez tenhamos parado no tempo, naquele limbo que separa o que é ser cool do ser démode. Sou como sou. E curiosamente, deste lado da barricada, por assim dizer, nunca senti que tenha deixado de me ouvir. De me saber. De me conhecer. 

24 junho 2014

...

Adeusinho, cabelo palha d'aço!


E não é que a coisa salva mesmo cabelos muito agredidos por tudo e mais alguma coisa? 

Ah, os nomes…

"Nestes tempos globalizados e em que as nossas exportações batem recordes,  nomeadamente a exportação de gente – ainda no outro dia ouvi na rádio “as exportações subiram 4,6% este trimestre, fortemente impulsionadas pelos combustíveis e pela exportação de Paulos e Anas Cristinas” –, percebe-se que as pessoas queiram dar aos seus rebentos um nome internacional, uma tendência com cada vez mais adeptos.
Mas o que é isso afinal de um nome internacional?
Aparentemente é algo que permita ter um endereço de e-mail escorreito, para que não se dê o insuportável ridículo de escrever “goncalo” ou “joao”, por exemplo, e que o estrangeiro consiga pronunciar sem embaraços, excessos de cuspe ou aneurismas cerebrais. Não convém por exemplo obrigar o pobre do estrangeiro a dizer “gontzalo” ou “joauuuu”, como se fosse uma cadela com o cio.
Ao que consta, os potenciadores de cio e aneurismas são nomes rebuscados, que têm cedilhas e acentos extraterrestres, como o til, ou mesmo acentos em geral, e nomes caracteristicamente portugueses, como Vasco, esse nome tão complexo. Não olhem para mim, não fui eu que inventei. Há mesmo quem ache Vasco proibitivo, por excesso de portugalidade.
Se calhar o facto de ter mais de uma sílaba também não ajuda. Convém também que seja um nome reconhecido no mundo anglo-saxónico, esse farol da humanidade, por isso, se estava a pensar chamar Adosinda à sua filha, esqueça, não se esperam muitas Adosindas no próximo censo de recém-nascidos dos Estados Unidos.
Em suma, se no caso dos rapazes os alvos a abater são os Joões, os Simãos ou os Amândios, no caso das raparigas esqueça as Inêses, as Assunções ou as Vicências, o que está a dar são nomes versáteis, universais, de típica adolescente americana parveca, como Melissa, Samanta, Abigail. Por isso, não estranhe se daqui a uma geração tivermos uma escritora Samanta de Mello Breyner ou a ministra Melissa Ferreira Leite.
Mas eu até acho bem que as pessoas se preocupem com estas questões internacionais. Aliás, se é para facilitar a vida à pequenada, uma vez que o mundo é tão grande, porque não definir logo no nome da criança o país de destino de emigração? Por exemplo, se eu quisesse que o meu filho emigrasse para o Brasil, o importante não era o nome, era um apelido sonante. Chamava-lhe Camargo, que soa a gente que nasce logo a saber fazer cimento. E se quisesse que a minha filha emigrasse para a Coreia do Sul chamava-lhe Maria do Ampark, para lhe dar um toque luso-coreano. Ou então, se quiser realmente adaptar o nome ao país de destino, chamo ao meu filho Bruno e mando-o para o Brunei.
A chatice é quando se dá um nome internacional ao filho e depois ele nunca sai de Carnaxide. “O que estás aí a fazer no sofá? Vai mas é estudar, que não te dei um nome internacional para passares a vida enfiado em Carnaxide.” Um tipo quase se sente obrigado a ir para Oxford. “Eu queria ir para o politécnico da Guarda, mas a minha mãe tanto me chateou que acabei por ir para Oxford.”
A verdade é que ainda sonho com o dia em que Portugal seja um grande exportador de nomes. E não é de nomes pipis como Matilde ou Lourenço. Não! Nomes à séria, antigos e de personalidade vincada, como Amândio, Acácio, Onofre, Cesaltina, Quitéria. De modo a que possamos ouvir falar do grande realizador Amândio Spielberg ou da Princesa Quitéria do Mónaco."
 daqui 

23 junho 2014

É do Norte, carago!

-Mánhe, aqui tens um "curáçá"!

Ah Tripeirinha "bóua" !

( claro que às vezes também me diz que o não sei quantos abalou mas pronto, assumo isso como um erro no sistema operativo linguístico da cachopa)

Mofli Leia, que dois nomes dão sempre jeito.

(No meio de um dia extremamente produtivo de nenhum encontrei esta imagem e pus-me cá com ideias de arranjar uma peruca semelhante para Mofli, a fera. Estou verdadeiramente pródiga em termos imaginativos hoje. Para que conste, imaginação é meio caminho andado. Não sei para onde, mas acho que sim, que é. Mofli, a fera, raçada de Leia. Parece-me bem.)

O Porto é...

 (saudade do) São João!

Constatações super importantes a uma segunda feira de manhã.

Maneiras que estou aqui entretidíssima desta vida a procurar onde, p'las alminhas, onde é que haverá aulas de Pilates neste cú de Judas. Não, não vou virar runner que diz que está in ser runner ou (de novo) desportitsta. Só preciso mesmo de uma coisinha que m'alivie a dor da escoliose e me obrigue a sentar mais direitinha. Fiz há uns anos o dito e adorava a coisa. Agora, pronto, desterrada no campo, cá ando eu, a constatar que sim senhora… moro no cú de Judas. Estou ma-ra-vi-lha-da. 

19 junho 2014

...

Laland subiu a parada.

Laland chegou ao campo para o (um?) fim de semana. Até agora, já recebi presentes. 3 pares de cuecas descartáveis e um creme de cheiro questionável. Estou em absoluto êxtase. 

18 junho 2014

A propósito do Mundial...

... tenho em crer que se não for Portugal campeão do Mundo (e arredores) há-de ser a Espanha. A sério! 
(Xabi, mesmo que tenhas comido as tapas no focinho continuas muy guapo chico, está bem?) 

Deixai vir a mim os "jumpesuites"

E umas sandálias que já estão na lista do próximo devaneio pónei pop desta pessoa descompensada. Maneiras que é assim, diz que sai mais barato que o psiquiatra (verdade, verdadinha) e a cabeça de uma pessoa não é de ferro, nem pouco mais ou menos, anda assim a dar ao (muito) cansada. Pronto, já me perdi no propósito da coisa. Gosto muito de "jumpesuites". Mas assim mesmo… muito. E é isso. 

Agora vou lavar as capas dos sofás que a minha cria maravilhosa escolheu como alvo de mais um acesso de vomitado. Tudo em bom. Valham-me os "jumpesuites". E é isto. 

17 junho 2014

É do Norte, carágo!

- Francisca, porque estás a saltar?

- Sou um "cáãogaurú", Mánhe!

(Ah tripeirinha bóua de sua Mánhe!)

Sem tirar. Nem por!

"1-0: começa a merda. 2-0: A merda continua. 3-0: a merda adensa-se. 4-0: acaba a merda.
Mas quem é que não estava à espera desta merda? É normal Portugal perder com a Alemanha. É sempre a mesma merda. Qual é a novidade?
É por isso que vamos desanimar? Por ter acontecido o que já se esperava? Claro que não. O jogo com a Alemanha era uma merda que tínhamos sempre de despachar. Pronto, está despachada. Ainda bem. Estamos prontos. Não estamos feitos.
De resto, que bem se estreou a Península Ibérica neste Mundial. Reflectiu-se a longa experiência que Espanha e Portugal têm na América do Sul. Fomos amplamente recompensados por todos os jogadores que roubámos ao Brasil, à Argentina e a outros países sul-americanos.
Foram nove golos que levámos: a Espanha de um país mais pequeno e Portugal de um país bastante maior. Por outro lado, a Espanha marcou um golo e nós nem um marcámos. Em contrapartida, eles levaram 5 e nós só levámos 4. Mas ambos sofremos 4 golos de diferença. 8 no total. Nada mau, hein?
Estaremos feitos? Não.
Agora cabe-nos apoiar a selecção mais do que sempre. É o nosso apoio que será decisivo. É portuguesíssimo mas perigosíssimo pensar que está tudo perdido, que já não vale a pena. Nunca iríamos ganhar à Alemanha. Se tivéssemos ganho ficaríamos com um excesso mortífero de confiança. Assim levámos o banho de água fria de que precisávamos: quatro baldes foi a medida perfeita.
Quanto aos alemães, parabéns e obrigado pela lição."

Bom dia, bom dia...

16 junho 2014

Francisca, a Domingueira do bicho.

 
'Mha rica filha adora adoecer aos Domingos de madrugada. Adora acordar doente aos Domingos. Não sei muito bem porquê, mas a catraia é dada aos afrontamentos Domingueiros. Chato é quando não passam a tempo de Segunda-feira esta Mãe que vos escreve ir trabalhar. Pronto, fica-se em casa a lavar lençóis vomitados, mudar camas, autefites por demais ao longo do dia e banhos para lá de coise. Um charme. Tem dias que fico pasmada com tanto glamour que consigo ver em maleitas infantis.
(Francisca comeu qualquer coisa Sábado à noite que não estava bom. Aposto que foi ovo, a única coisa que mais ninguém comeu. "Salminelas" desta vida… Mas hoje ao final do dia tem melhor aspecto e eu já respiro um bocadinho melhor. Menos verde. Deve ser porque não percebe de futebol.) 

12 junho 2014

Oksana: a Pop.

Oksana é para lá de fino. Já o sabia mas hoje confirmei em absoluto. Oksana diz que existem agora umas pastilhas para por no balde da água, para depois limpar o chão. Diz ela que são como as que uso para a roupa. Oksana quer porque quer que eu vá ao supermercado comprar as ditas. Que são mais práticas, que cheiram melhor, que fazem Corn Flakes, sei lá. Moeu-me a cabeça o tempo todo que partilhamos (frase bonita) hoje de manhã. Em defesa dela, arguiu que estavam com 50% de desconto. Fina mas poupadinha, bom de ver. Porém, todavia, contudo, não faço ideia do que Oksana fala, eu, la labrega. Pelo sim pelo não, hei-de averiguar as ditas. Não me apetece que me reze mais pragas, seria chato. Eu mereço, só pode. 

Toca o hino.

Coisas que eu faço enquanto toca o Hino de cada um dos países a jogo no primeiro do Mundial: 
Hmmm... Ora...Feio. Horrível. Credo. Fófinho. Giro. Ai-os-meusjolhos... Ui... e por aí fora. 
Lá por ver a ementa... Amanhã diz que há Tapas... Chatice, pá! 

Princesa sem reino, que achais das temperaturas (infernais) de Verão ?

Ora, podia discursar habilmente e de forma profunda sobre a meteorologia semanal mas o que eu acho mesmo do calor é que acho sono. Como sono. Não gosto. Não quero. Fico ainda com mais sono do que o habitual. Tenho muito calor. E sono. Sono por demais. E dão-se-me os abafos. E não quero. E tenho sono. Deslarguem-me. Arranjem-me uma padiola e levem-me do estaminé para o carro e do carro para casa. Como podeis perceber, sou grande adepta de altas temperaturas, em particular as que se alombam no Alentejo onde me desterrei. A-do-ro, mas assim para lá de muito. Ah, pois… não. Mesmo. 

Se podia(mos) ser menos pindéricas?

Naaaahhhh.... Qual era a piada em ter uma saia de tule e não a levar para a Escola, hein?!? 

11 junho 2014

Eu é mais vestidos.

Está aberta a época de caça aos maxi. Estou a fazer mira a ambos, mas diz que só tenho "pontaria" para um… "Dêxacábere"… 

10 junho 2014

O Mundial faz bem a "ser normal"!

Porque ser Humano é tão melhor do que sermos máquinas pré-formatadas. A perfeição é aborrecida! Os erros? Sim, fazem parte, so what?  Out with the clones. Não só do futebol,.... Já não s'aguenta, né? 

10 de Junho é dia de...


09 junho 2014

...


Poneisadas que eu gosto.

Um destes dias, fui à farmácia aviar uma das mil e umas receitas para o meu "popping pills", que isto tomo quase (ainda vou no quase…) tantos como a minha Avó. Nisto, pus-me a olhar para a zona dos produtos da Caudalie. Já há algum tempo que uso os produtos de rosto desta marca e a-do-ro. Lá estava eu, na fila, a olhar tipo um cão em frente ao talho para tudo e mais alguma coisa. Tinha-se acabado o exfoliante que costumava usar e caíram-me os olhos neste. Peguei nele e trouxe-o comigo. Até ver, temo-nos dado muitíssimo bem. Para além de deixar a pele maravilhosamente suave, o cheirinho é assim qualquer coisa de se comer! Diz que tem também acção drenante, o que para quem faz imensa retenção de líquidos, tipo a minha pessoa, é um extra muito interessante. Ah e além disso, todos os produtos da Caudalie são contra testes em animais. E nisto, descobri mais uma poneisada que gosto bastante! 

Pesa-me o cabelo.

Quando era mais nova (não que seja velha, mas pronto) ria-me quando o meu Pai dizia que as viagens o cansavam. Que o ir e vir a Trás-os Montes, a sua Casa, e fazer 300 km no total, o desgastavam fisicamente. Ria-me e pensava que esse dia não me bateria à porta. A juventude na metade da idade que hoje tenho é muito engraçada na sua ideia de invencibilidade, imortalidade e cansaço é coisa que não assiste. Os 900 km que representam ir a Casa e voltar ao campo, desgastam-me. Cansam-me. São muitos anos em cima a fazer este trajecto Cidade-campo-Cidade-campo. Acho que até os fios de cabelo me pesam hoje. Claro que o facto de descarregar a mala do carro, coisa grande e muito jeitosa para se um dia precisar de transportar corpos, também não ajuda. É que além do exército de bonecada que a Francisca trouxe, há ainda as pérolas da senhora minha Mãe, que acha que eu tenho de trazer tudo o que lá por casa andar, coisas como leite, pão e queijo. Mas quando digo agora ao meu Pai para vir a minha casa, já não me rio quando ele me olha e pergunta se acho que tem 20 anos para alombar com 900km em dois dias. Não tem ele… nem eu. 

04 junho 2014

O Mundial faz bem aojólhos.

Uma pessoa até perdoa que os interesses do "bicho" passem por pescar e aparar a barba.

 (WTF?!?! Aparar a barba é um hobbie ou um interesse? Quereis ver que  fazer a depilação também é um interesse, não?)
As restantes 11 boas vitaminas para ojólhos, melhor que cenouras, aqui.  

Sim, Emma… Já te mando o NIB, está bem?

When rich women with help tell moms, universally, to take a year off and be present with their kids, I want to pull my hair out (and theirs!). It's such ridiculous advice. The latest actress to share her two cents is none other than Emma Thompson
“You can’t be a great mum and keep working all the time,” she said in a recent interview with the Daily Mail. “I wanted to spend more time with my family. A year off was my birthday present to myself. I didn’t actually act or write. I was just a mum.”
Well, it must be nice to be worth $50 million and have a career that allows you to take off for a year and return when you feel like it. Working moms, regardless of your paycheck, can you imagine telling your boss you are taking the year off, but will be back when you're good and ready?
In the real world, we just don't have this luxury. Not to mention, most working-class moms can't afford to stay home. They rely on their paycheck-to-paycheck lifestyle (I sure do). I don't have millions stashed in the bank, Emma. And I actually think I am a great mom—a great, solo single mom, parenting alone 24/7. 
My work is fulfilling, fun, and crucial to my family's survival. I am a happier, healthier person when I am working and creating. My son, 6, is also happy and satisfied at school, baseball, and with his friends. We have a wonderful relationship and don't just survive, we thrive. Motherhood isn't a competition or something I view as having to fit in, make time for, or dedicate my entire self too. Motherhood is an organic part of my life and I don't need a year off to be "great" at it.
roubadíssimo daqui, depois de ter vontadinha de puxar as orelhas, para além do cabelo,  à Emma. 


A geração dos sonhos fora do prazo de validade.

Talvez seja de uma geração de sonhos com o prazo fora de validade. Olho à minha volta e apercebo-me de que não foram apenas os meus sonhos que ficaram num lume extinto. Olho à minha volta e também me apercebo que os sonhos são muito voláteis na realidade destes dias. Azedam depressa de mais, fermentam rapidamente. O sonho das nove da manhã é automaticamente substituído por um outro qualquer às três da tarde. No entanto, constato também que a capacidade de sonhar ainda não se perdeu, ou pelo menos, não se perdeu por completo. Aceita-se que os sonhos caducam, passam de moda, deixam de fazer sentido, mas não se aceita deixar de sonhar. E no fundo, por muito que seja de uma geração com os sonhos fora do prazo fora de validade, de sonhos estragados e desfeitos, sou de uma geração que está cada vez mais a aprender que o agora é tão, mas tão mais importante que o ontem ou o daqui a 15 dias. Porque até lá, os sonhos vão mudar. De direcção, de cor, de forma, de sentido. Mas não vão deixar de existir. 

03 junho 2014

E o teu perfume patochouli!

Mofli foi hoje ao salão de beleza. Longe vão os tempos em que a bicha ia ao spa canino, em terras de Tio Sam, onde até uma mani-pedi lhe seria concedida, com direito a verniz para cão, massagem e tudo e tudo e tudo. Agora, Mofli vai ao hospital veterinário cá do Burgo para a sua tosquia higiênica. Tentei cortar-lhe o pelo uma vez e a minha Mãe ameaçou internar-me se voltasse a botar a tesoura na guedelha da bicha. Fui buscá-la ao fim do dia, sendo que já me imploravam para a trazer de volta, tal era a barulheira que dez reis de cão fazia no estaminé animal. Mofli já vê, sem pelo na frente dojólhos, fora as melenas que lhe foram também cortadas em sítios estratégicos. Mas, uns bons euros depois, tenho uma micro-cadela de pelo lambido e a cheirar a ... Patchouli. Estou agoniada. Valei-me! 

Polka Dot Mood

02 junho 2014

De crianças e manhãs.

Não, não me esqueci do dia da Criança. Todos os dias são dias da minha Criança. Em alguns dias, também dias da Criança que fui e que ainda vive em mim. A Francisca teve o seu Dia da Criança antecipado. Foi à loja da Disney e ia-se abafando com a visão "da Doutora, o Tremeliques, a Hélia, e tooodos e o Valentim e olha mais Doutooooras e todos, todos, todos". Foi escolher um brinquedo e saiu com dois. Feliz. Verdadeiramente feliz.  Antecipou-se o dia da Criança porque ontem estive a fazer outra coisa. Também verdadeiramente importante para mim. E lembrei-me da Francisca, tão feliz com a sua Doutora de peluche, enquanto olhava para as caixas de cereais, entre os quais papas infantis, iguais às que lhe dou de manhã e pensava em como aquelas caixinhas fariam outros meninos também muito felizes. Mais até que uma Doutora (de) Brinquedos. Hoje de manhã, a Francisca, que já não me via desde Sábado, quando acordou disse "Mááááánhe, preciso de ti. Mas a Mánhe estava a juntar papinhas para os outros Meninos, para a barriguinha deles". E senti que algo de bom consegui fazer na minha Vida. Senti-o de forma visceral. Guardei as lágrimas nos olhos. E escondi a cara nos caracóis da minha Filha, no melhor abraço do meu Mundo. 

"E se ter filhos não fosse assim tão giro?"

"O humorista americano Louis C.K. andou a arrastar-se durante 20 anos por bares, palcos e programas televisivos de segunda categoria sem que ninguém lhe prestasse grande atenção. Até que um dia foi pai, e num espectáculo ao vivo, em meados dos anos 2000, decidiu tratar a sua filha por “cara de cu” (“asshole”, no original) e dizer que finalmente “compreendia os pais que atiravam os seus miúdos para o lixo”.
A reacção estupefacta do público, algures entre o riso desconfortável e a falsa indignação, foi a sua estrada de Damasco. Nos números de stand-up comedy que se seguiram à epifania, Louis C.K. decidiu apostar cada vez mais na temática trauliteira-familiar, e aos poucos foi abrindo a caixa de Pandora doméstica e a retirar mini-esqueletos do seu armário, puxados à força de assholes, bitches e incontáveis fuckings dirigidos às próprias filhas.
O resultado foi este: os pais começaram a rir-se em uníssono daqueles não-ditos tão sentidos, que eles próprios imaginaram ter de esconder dentro de si e acorrentar às masmorras do superego pela vida fora, fosse por convenção social ou por vergonha pessoal. E com o passar dos anos, esse riso foi-se tornando cada vez mais solto, cada vez mais livre e cada vez mais catárctico — ao ponto de Louis C.K., com o seu humor desregrado, desbragado e arriscadíssimo, ser hoje o mais bem-sucedido comediante da América.
Como é que isto aconteceu? Como é que aquele tipo ruivo, gordo, careca e semiobscuro, de quem se mandavam links do YouTube às escondidas para os amigos pais se consolarem enquanto tentavam adormecer o filho de oito meses pela oitava vez, se tornou subitamente a nova coqueluche da comédia americana, com uma vasta colecção de nomeações para os Emmys, graças à série Louie?
A explicação, para um pai de quatro filhos como eu, é relativamente simples: Louis C.K. teve a coragem de dizer aquilo que todos nós, homens heterossexuais e pais de família, sentíamos cá no fundo mas não éramos capazes de verbalizar, mesmo andando há muito a acumular frustrações pessoais e profissionais. A saber: que o discurso sobre a paternidade está todo ele avariado e que ser pai, muitas vezes (demasiadas vezes, até), não tem piada absolutamente nenhuma.
E, de repente, já não é só Louis C.K. a tirar-nos desse armário. É também, por exemplo, Adam Mansbach, graças ao sucesso planetário de um falso livro infantil chamado Vai Dormir, F*da-se(edição portuguesa da Arte Plural), protagonizado por um pai desesperado que tenta convencer o seu filho a adormecer através de versos tão subtis como:
O gatinho junto à gata se aninha
E o cordeiro ao pé da ovelha busca calor.
Estás aconchegado na tua caminha,
Agora, f*da-se, dorme por favor.
A Lua no céu está a aparecer
E as estrelas já brilham, meu amor.
Leio mais uma história, pode ser,
Mas, f*da-se, depois dorme, por favor.
Tanto na sua versão em papel como na versão áudio original lida por Samuel L. Jackson, o livro foi um enorme sucesso, ainda que na sua tradução portuguesa haja demasiados asteriscos (o “fuck” passa a um púdico “f*da-se”) e a capa se desdobre em avisos cautelosos, não vá um pai narcoléptico enganar-se no destinatário da obra: “Recomendado a pais com muito sentido de humor”; “Não leia este livro aos seus filhos”.
Dispensavam-se tantos pruridos. Os pais portugueses, tal como os pais americanos e todos os pais do mundo ocidental, querem cada vez mais quebrar o discurso socialmente correcto e falsamente cor-de-rosa em relação à paternidade. Eles precisam disso, a bem do seu equilíbrio mental, e eu próprio posso testemunhá-lo, tanto em termos pessoais como profissionais: o mais bem-sucedido dos três livros para crianças que escrevi até hoje tem como título O Pai Mais Horrível do Mundo. 

(…)
Em resumo, e avançando para o tal final que se quer feliz: ser pai em 2014 é muito difícil, por vezes desesperamos e sem dúvida merecemos mais atenção do que aquela que nos tem sido dada. Olhar mais dedicadamente para as angústias da paternidade, exterminar de vez o discurso cor-de-rosa dos bebés cutchi-cutchi seria uma actividade muito útil e, a bem da propagação da espécie, extremamente proveitosa. Ainda assim, a paixão pelos filhos não diminuiu. Pelo contrário: nunca antes pensámos tanto neles, nunca tivemos tantos problemas de consciência por não estarmos com eles e nunca a nossa vida nos pareceu tão deslocada sem eles. Todos temos consciência disso, a cada minuto do dia. Incluindo naqueles momentos — tão frequentes — em que os nossos filhos nos parecem apenas uns caras de cu.      "

… e para ler o resto, ide aqui, que faz muito bem tirar o sugar coating desta coisa maravilhosa que é ter filhos, mas que não vem pintalgado de cor-de-rosinha e flores primaveris.