Não voltarei a engravidar. Não terei mais bebés recém-nascidos nos meus braços, saídos do meu ventre, onde durante 9 meses lhes senti o movimento e ouvi batimentos cardíacos através de uma sonda colocada no meu ventre, a fazer ecoar aquele tum-tum-tum de Vida em mim e também ainda minha, até ao corte do cordão umbilical e à dor mais profunda que se diz poder sentir, a primeira golfada de ar. Porque não quero, por motivos meus e que só a mim e aos que privam comigo de muito perto dizem respeito. E estou no meu perfeito direito de assim o decidir. Tenho uma "Maria Paquica" maravilhosa, saudável, linda, perfeita. Mas por vezes, muito de vez em quando, penso que talvez, tal-vez, um dia, se sentir que sim, se assim o quiser, se a Vida a isso me conduzir, a Francisca venha a ter um irmão. Ou uma irmã. Sim, por vezes penso na adopção ou em ser Família de acolhimento. Eu sei que é um processo complicadíssimo, que nem sempre corre bem, que para alguns membros da minha Família seria muito difícil de aceitar, que para alguns encaixar esta ideia nem à marretada, mas por vezes, penso nisso. Hoje é Dia Nacional do Pijama. Infelizmente e para grande pena minha, a Escola da Francisca não aderiu à iniciativa. Hoje por ser Dia Nacional do Pijama e por também acreditar que "uma criança tem o direito a crescer numa família", dei comigo a vaguear neste caminhos da encruzilhada que consegue ser a minha mente. Não sei para onde a Vida me leva. Mas sei que há muitas crianças a precisarem de um colo, de um beijinho de boa noite e de um beijinho cura dói-dóis. Por isso, à parte a minha decisão pessoal no respeitante ao meu ventre, talvez, um dia, se a Vida por aí me levar, eu seja o porto de abrigo de uma dessas crianças. Porque o sangue que corre nas veias de todos não é o que determina os afectos e cria laços fortes e inquebráveis. Talvez. Talvez um dia. Ninguém sabe o dia de amanhã. E sim, sometimes I get lost inside my mind...
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Makes two of us. A parte do "nunca mais". A parte da adopção já estou a passar por ela, de certo modo... Mas despertaste-me agora um bichinho novo que desconhecia ...
ResponderEliminarAdorei adorei adorei!
ResponderEliminarE como compreendo este texto...
Penso (quase) como tu. Gostava de um dia mais tarde se a vida me permitir adotar uma criança, mesmo querendo também o segundo filho... e se ponderas essa possibilidade, mesmo que remota, isso diz muito de ti.
ResponderEliminarAdoro, Princesa!
ResponderEliminarAdoro.
Sempre te soube de bom coração...
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