A Francisca adoeceu Sexta. Picos de febre elevada, tosse, vómitos. Sábado, urgência. Amigdalite vírica e adenóides novamente muito congestionadas. Sábado à noite, a dor de cabeça começou. Não liguei, não tenho tempo para frescuras de dores de cabeça. Domingo, a febre e a certeza que sim, que no meu tempo, teria de arranjar tempo para adoecer. Mas uma Mãe não se pode dar a esses luxos, especialmente se tiver a cria doente e se encontrar desterrada (e temporariamente sozinha). É aí, sem aviso, que se bate de frente com a realidade. É aí que percebo, finalmente e sem margem a dúvidas, que toda a minha rede, tão bem cimentada ao longo dos anos, não existe mais para me amparar. Não há Pais perto. Não há os Amigos de sempre, aqueles que sabiam o que trazer e o que fazer, perto. Não há D. Fátima. Não há os Tios queridos, sempre disponíveis. Não há o ficar na cama, dormir, curar, comer e beber, descansar. Agora, eu sou a Mãe. Eu tenho de cuidar, mimar, ajudar em primeiro lugar. Agora, há o juntar as peças todas, uma cabeça em dor agoniante, o corpo quente, o ouvido que incomoda, as costelas que doem da tosse, um rim que me relembra que sim, que é só uma questão de tempo, e cerrar os dentes. Sair da cama. Mudar fraldas. Alimentar. Tentar entreter. E esquecer a dor física. Não vou morrer por isto... Nem pelo que quer que seja que acredito ter sido a piquena a (carinhosamente) me dar, nem por um rim que me relembra heranças de família. Antes pelo contrário. Renasço. Renasço, ao saber que agora, aqui, alguém me recebeu de braços abertos, com um carinho indescritível. Sem perguntas, sem reclamações, sem exigências. Que, automaticamente, ao saber o que se passava, tratou de criar uma rede para me amparar, agora, em que preciso. Em que o corpo me falha. E renasço, ao saber a sorte que tenho de pessoas assim se cruzarem na minha vida. Em que acolherão a minha filha. Para poder cuidar de mim. E depois, cuidar dela.
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A minha rede de suporte também é tão curta agora... Também não posso dar-me ao luxo de ficar doente... As melhoras das duas e um beijinho muito grande!
ResponderEliminarAs melhoras!!! Às duas ;) beijinhos
ResponderEliminarEste post é-me muito familiar, mas parcialmente apenas. Espero que melhores(m) em breve. beijinhos
ResponderEliminarEu acredito em ti!
ResponderEliminarhomem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt
Querida Princesa! Espera que as duas recuperem rápido!! Sei o que é não nos podermos "dar ao luxo" de ficar doentes. Termos que esquecer que estamos doentes...
ResponderEliminarUm grande beijinho com carinho*
As rápidas melhoras! Beijinhos
ResponderEliminarAs melhoras para as duas Princesas.
ResponderEliminarBeijinhos
as melhoras!!!
ResponderEliminarAs melhoras para as duas!
ResponderEliminarForça!
É muito bom sentirmos que há quem se preocupa verdadeiramente connosco. É muito, muito bom ter amigos a sério. Desejo-vos rápidas melhoras que isto de andar tudo doente ao mesmo tempo é coisa para levar à loucura. Cá por casa ficamos os três com uma gastro...
ResponderEliminarEspero que fiquem bem, e depressa... as duas...
ResponderEliminarUm beijinho
Que bom que renasceste nessa nova rede.
ResponderEliminarTu,vocês merecem ter gente boa que gosta de vós e vos acarinha.