16 janeiro 2013

Vamos por o dedo na ferida, sim?

Eu gosto imenso do comércio tradicional. De verdade que sim. Em especial, gosto muito de lojas de roupa para piquenos mais "familiares". Têm padrões que não encontro nas lojas mais convencionais (vulgo, H&M, Zaras e parentes), modelos muito mais principescos e fófinhos, bodies e camisas de golas que gosto de usar de quando em vez e de algodão de muito boa qualidade. Até aqui, tudo excelente. Mas depois, há o senão da coisa: recibo ou factura? Pois, não há.  Eu percebo perfeitamente que essas lojas não terão a capacidade de suportar a carga fiscal que uma grande loja (ou marca) terá. Mas vamos ver uma coisa: eu também, enquanto contribuinte, não tenho a capacidade (quer dizer, ter tenho, que remédio) de ver que 30% do que deveria entrar no meu bolso fica no bolso do Estado. Não gosto, obviamente. E como tal, sinto-me no direito de, caso determinada loja, que até pode ter as roupitas mais bonitas, não me facultar um recibo do que paguei, não mais comprar na mesma. Se continuo a achar as roupas de sonho? Sim. Se as vou comprar? Não. Se vou pagar o mesmo que pagaria por uma outra peça numa loja em que há um recibo (que muitas das peças que falo não são nenhuma pechincha), então vou optar pela que faz as coisas by the book. Recuso-me a alimentar economias paralelas. E se já troquei de cabeleireiros que adorava porque recibo era coisa para os outros, mais depressa vou então gastar o meu dinheiro em roupa noutras freguesias. É a vida
E não, o Gaspar não me dá nada por estar para aqui a mostrar que gosto de recibos e facturinhas. 

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