12.12.12. Diz-se que hoje é o começo do fim. Oh pá, não gente, não. Lamento, mas não vai dar. Tenho muita coisa para fazer, não me dá jeito. Tenho de voltar a correr, tenho de voltar a sorrir sempre um pouco mais, tenho de arrumar a cabeça, tenho roupa na máquina que me esqueci de estender, tenho pratos para experimentar que ainda não me atrevi, tenho sítios para descobrir, tenho sítios para voltar aonde fui feliz. Tenho de arrumar estas ideias, tenho de perceber o que é isto. Tenho de ajudar a minha filha a crescer e fazer dela uma pessoa boa, gentil, capaz de estender a mão a quem lha pede. Tenho de lhe ensinar os acordes e mostrar-lhe que a música é uma das mais belas formas de arte, enquanto aprendo a esquecer as memórias que aquelas teclas a preto e branco me trazem. Tenho de aprender a não tropeçar nos gatos todas as noites e a não me espetar nas esquinas dos móveis. Tenho de ser mais agradecida pelo que tenho. Tenho uma casa do avesso que tenho de organizar mas nem sei por que ponta lhe pegue. Tenho de conduzir um F1 num circuito qualquer. Tenho de dar mais beijos aos meus e abraçar com carinho os outros a quem o meu calor pode aquecer a alma. E soprar mais velas nos meus bolos e nos bolos dos outros, o verdadeiro do nojo nos bolos de aniversário, isso de se soprar e bichezas e coiso. Tenho de decidir que se o mundo vai mesmo acabar, ou escolho atirar tudo ao ar e deixa ver ou deixa estar como está... que maçada. Ou decidir se como tudo o que me apetecer e morro feliz ou se faço dieta para ir maravilhosa a caber num 34. Tenho muito que fazer gente. Por isso, o fim do mundo vai ter de esperar...
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Fica descansada. A Nasa desmentiu o fim do mundo.
ResponderEliminarhomem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt
A mim também não me dava jeitinho nenhum... Tenho o miúdo com pensos (muito descomposto para o fim do mundo), a minha mãe acampada no escritório, a casa de pantanas e pouco que comer no frigorífico... Só me dava jeito que assim não tinha que ouvir a minha chefe em stress durante mais 1 semana e 1 dia, mas vá, que seja este o mal necessário para o bem maior de o mundo não acabar já!
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