"A rotina é algo que mói e destrói se lhe prestarmos muita atenção.. Nos filmes e séries não aparece muito porque normalmente há uma história.. Mas aposto que mesmo o Castle e a Beckett teriam dias rotineiros em que nada se passa, se fossem reais.. O truque é não nos deixarmos envolver demasiado.. Prestar atenção aos detalhes e encontrar uma coisa diferente todos os dias.. O Sebastião nunca há de aparecer. Ele já cá esta, a pedir para o encontrarmos nas coisas que já temos.. Coisas fabulosas e mirabolantes só acontecem mesmo na ficção, ou então muito esporadicamente. O truque é saber encontrá-lo e não esperar que ele venha.. O gajo desapareceu há uma porrada de anos e segundo dizem, era gay.. Deixa-o estar sossegado... O quinto império também me parece que não vem a tempo do 21 de Dezembro.. Sabes, deparei-me com o dilema da rotina andava no 6º ano.. De como ela limita a nossa vida.. Lembro-me de comentar com um colega que acho que não percebeu e me começou a dar gozo. Desenhei dois triângulos unidos por um vértice.. Basicamente semelhante ao símbolo do infinito, mas com 2 triângulos em vez de círculos. Isto representa a rotina. Ela, à semelhança do infinito, é eterna, mas não tem se ser feita sem cantos.. Os vértices dos triângulos representam as fugas à rotina, ou os pequenos detalhes que apesar de estarem sempre presentes, são sempre diferentes.. Ela é real, existe, mas os vértices somos nos que escolhemos onde os pomos.."
E no fundo, é isto, nada mais. E é assim que se cuidam as Túlipas...
Adorei o texto! Devia guarda-lo para reler sempre que me esqueco que assim é que é certo! Beijinhos
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