"A right-to-die case brought by the family of a severely disabled man in the UK can proceed, a High Court judge ruled Monday.
Tony Nicklinson, from Melksham in southwestern England, suffers from "locked-in syndrome" and communicates only through the use of a Perspex board or by using his Eye-Blink computer. The 57-year-old married father-of-two wants a doctor to be able "lawfully" to end his life, which he described as "dull, miserable, demeaning, undignified and intolerable."
Nicklinson's wife Jane told Sky News, "The only way to relieve Tony's pain and suffering is to end his life. There is nothing else that can be done for him."
He launched a legal action seeking court declarations that a doctor could intervene to end his "indignity" and have a "common law defense of necessity" against any murder charge.(...)"
Ouvi-a um dia destes, não sei precisar quando. Chocou-me, mexeu-me com as entranhas, emocionou-me, fez-me questionar imensa coisa. E fez-me pensar... e se fosse eu?
Acredito em milagres. Acredito também piamente na ciência e nos seus avanços gigantescos. Mas sei que os mesmos levam anos, por vezes décadas, a chegarem ao alcance dos mortais. Acredito que todos merecemos viver com dignidade e que sobretudo, morrer com dignidade é um direito. Acredito que a dor deste homem, assim como a dor de outros que chegam de tempos a tempos à comunicação social, supere a alegria de estar vivo. Viver como uma sombra do que já se foi, aprisionado num corpo que não obedece mas com a lucidez inalterada, só pode avaliar quem assim vive. Acredito que a família deste homem tudo fez para o manter confortável, feliz, com dignidade mas que a dor de viver num corpo que já não lhe obedece abafe tudo o mais. Só ele pode saber. E ninguém o deveria julgar por decidir o que fazer com a sua própria vida. Se me choca? Sim, muito. Se concordo? Não tenho que concordar ou discordar. Assim como um Juíz, não obstante os seus estudos e conhecimentos, não deveria decidir o que este homem, enclausurado no seu próprio corpo, tem ou não direito a pedir. Porque a lucidez, a vontade expressa, ainda lá está.
E se fosse eu? Não sei...mas peço que se um dia o infortúnio me bater à porta desta forma, que quem esteja ao meu lado lute para que a minha vontade seja cumprida. Seja ela qual for. Porque também acredito que o amor não é egoísta...
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