18 julho 2011

Defeito de fabrico

Hoje saí de casa. Não, não fui passear (mas precisava mesmo que a sanidade mental já viu dias melhores). Não, não fui trabalhar nem ao cabeleireiro (mas precisava mesmo, de ambas as coisas). O curto passeio resumiu-se a mais uma ida ao Hospital público onde também somos seguidas (porque mais vale prevenir que remediar, não vá a cachopa ser aprressadota)
E senti-me péssima
Na sala de espera encontravam-se grávidas com um ar glorioso e radiante. Exibiam as suas barriguinhas e tinham a tal luz de que tanto a minha Sogra gosta de falar (nota para o leitor: a minha Sogra acha que gravidez é estado de graça e algo de sobrenatural, onde tudo é maravilhoso, ou parafraseando-a : o máximo. No outro extremo do ringue temos a minha Mãe, obstetra de formação para quem gravidez é pior que o pão-nosso-de-cada-dia. Tirem as vossas conclusões). Para destoar de tão harmonioso conjunto na sala de espera, entro eu. Praticamente sem andar (as permas têm que permanecer juntas, se se afastam uma da outra as dores provocam logo lágrimas nos olhos e eu não choro em público...Pela discrição conseguem imaginar todo o meu andar charmoso e atratente), branca e com umas olheiras negras bem marcadas devido à noite quase em claro pelas dores. Toda um conjunto que grita a plenos pulmões: eu não tenho a tal luz de que toda a gente fala. Não. Tenho um ar doente e cansado (e de quem precisa de urgentemente arranjar o cabelo)
Por isso, gostava de saber a que Entidade devo apresentar a reclamação por defeito de fabrico na tal luz.  Porque claramente a minha não funciona. De todo...  

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