... and I'll be home soon...
Boa Noite G.
A vida de algumas pessoas parece-me um dos meus planos de experiências, em que cada microlitro é importante, cada composto pesado à nanograma, o ensaio ao segundo (as experiências que me vão azedar as duas primeiras semanas de Agosto... Meu querido mês de Agosto lai, lai, lai, serás o mês em que me vou mudar de vez lai lai lai, da cidade do nevoeiro para a das casinhas brancas e azuis lai lai lai sleep deprived moment...).
Vidas traçadas ao mm, right on schedule.
Acabaram o liceu na altura certa, acabaram a Faculdade (que não a frequentar ou descobrir que não gostavam daquela curso nem se punha em questão) no tempo certo. Arranjaram um namorado (a) e após o tempo tradicional de conhecimento, casaram numa cerimónia perfeita e sem espaço aos embaraços do costume, como amigos que bebem demais e fazem verdadeiros discursos" berluscónicos". Tiveram filhos, mais que um, com a diferença de idades entre eles estudada meticulosamente. Saem de casa impecavelmente vestidas, maquilhadas e alimentadas com tudo o que de mais saudável existe, assim sei lá, tartes de ruibardo feitas fresquinhas pela manhã e smoothies de hortelã e coisas saudáveis. Ir no trânsito com o rímel numa mão, um iogurte cujo prazo acabou ontem mas-que-se-lixe-não-tive-tempo-de-ir-às-compras-e-o-iogurte-é-acido-e-as-bichezas-não-gostam-de-cousa-amarga, enquanto se pragueja e se bufa ao olhar o relógio de relance noutra é semelhante a um cataclismo.
A minha vida é tudo menos assim, tudo menos right on schedule. E eu gosto assim
A alegria misturada com um sorriso constante e contagiante continua a ser a tua imagem de marca.
Continuas a cara do teu Papá mas vai-se a ver e herdaste o (mau?) génio da tua Mãe...
E 11 meses, são quase um ano...
Se há coisa que me faz verdadeiramente feliz, a par de encher o bandulho de gomas, é trazer as mãos sempre impecáveis. Acho mau demais quando vejo unhas com vernizes estalados até à primeira geração (não vamos entrar em unhas roídas que isso para mim é toda um universo alien). Se o verniz descascou, acetona (ou removedor) com ele.
Quem também nutre um carinho especial pelo verniz das mãos são os cremes para os rabinhos dos bebés. E as toalhitas. Adoram-se.
Isto tudo para dizer que eu, na esperança de manter as mãos póneis por mais tempo, decidi dar uma chance às unhas de gel. Ai menina, nem vai notar, isto fica do mais natural possível e dura semanas menina, semanas. Pronto, está bem, ponha lá isso na unhaca e até me chamou menina em vez de senhora, apelou-me ao coração.
Verdade seja dita, nunca tive as unhas tão bonitas tantas semanas. Mas vai que ó depois a cor já me dava náuseas e tonturas e azia. Sempre tão bonita e brilhante e sempre a mesma cor. Ai que agora não posso tirar isto só porque me dá na real gana e só porque sim e coise pois que então que se aguenta a cor bonita e brilhante e impecável até que seja altura de ir à recauchutagem. Convenhamos que a parte do ai menina que isto fica tão natural que nem nota também é tudo menos verdade.
Comecei a achar que a unha de gel pónei estava a tornar-se um compromisso muito sério na vida da minha pessoa. De x em x semanas lá ia eu leva-las à recauchutagem. Tinha de suportar a cor porque tinha assumido um compromisso em que a ia amar e respeitar até o gel ter de ser trocado. Não sou pessoa desses compromissos. Por isso, voltemos ao verniz normal cafona que o creme para o rabinho da cria come. E o qual adoro o cheiro quando acabo de pintar. E que posso tirar quando quiser.
Vou continuar a dedicar-me a compromissos menos feshiones, como o casamento...
C'est la vie...
"When everything seems to be going against you, remember that the airplane takes off against the wind, not with it ...."
Henry Ford
Passaram 6 anos desde que esperava pelo Alfa Pendular, proveniente de Lisboa com destino a Campanhã, naquela plataforma que tanto gosto.
Tinha o coração aos saltos, as pernas tremiam-me, a boca seca de palavras, o coração a transbordar de paixão. Que te iria dizer? Tinha o estômago embrulhado pelos milhares de borboletas esvoaçantes. Tinha passado "apenas" uma semana desde que te tinha olhado nos olhos pela última vez, mas a saudade do teu perfume sufocava-me. Ao longe, o apito alegre e rejubilante do comboio. E agora, pensei eu? Que te iria dizer quando surgisses? Tinha o coração aos saltos, as pernas tremiam-me, a boca seca de palavras, o coração a transbordar de paixão.
Não disse nada.
Tu não disseste nada.
A mala ficou por ali, perdida e cúmplice silenciosa de um beijo. Sem palavras, sem silêncios.
Que te poderia ter dito, penso eu, à distância destes anos desde o nosso primeiro segundo beijo? Que a paixão não esmoreceu, que cresceu e se transformou em Amor. Que a cumplicidade entre nós quase é palpável. Que és um SuperMaridão. Que me deste uma filha maravilhosa e te tornaste num Pai extremoso.
Continuo com o estômago embrulhado pelos milhares de borboletas esvoaçantes que me provocas. Tenho a boca seca de palavras. Beija-me apenas. Hoje e pela vida fora.
Who knew?
A minha Avó é uma grande Mulher do alto da sua pessoa baixinha e curvada. Tem a cara gasta pelo tempo e os olhos desbotados das muitas lágrimas que já deitou, adornados pelas rugas de muitos sorrisos. A minha Avó pariu 9 filhos, enterrou 2 e educou 7 o melhor que soube, numa época em que o papel do Homem se resumia a sustentar e providenciar para a família. Cuidou do Amor da sua vida quando um AVC lhe fulminou as capacidades básicas com uma garra inqualificável e sem nunca se lamentar, queixar, revoltar. Morreu também ela um pouco quando a vida lhe roubou o companheiro de mais de 50 anos.
Não obstante a facilidade com que se podia ter tornado uma pessoa amargurada e revoltada, manteve sempre uma fé inabalável que me comove. Orgulha-se de ser ela a fazer os arranjos de flores para o altar da Igreja da (sua) terreola, escusando-se a compromissos que a façam desviar daquele que tem com Ele. Não perde um jogo de futebol e sabe o nome de todos (t-o-d-o-s) os jogadores da sua equipa do coração (e minha). Faz contas de cabeça mais rápido do que eu.
Infelizmente, resta-me apenas uma Avó que espero que a vida não me leve por muitos anos. Hoje o dia é da minha Avó e dos Avós da minha filha. E um dia, será também o meu.
... danças como se não houvesse amanhã esta música. É que dançar faz bem, liberta a alma e é exercício físico e coise... Mas não num gabinete da Faculdade com porta de vidro...
(someone, um saco de papel para por na cabeça faxfavore)
Não sou pessoa dada a fazer grandes reflexões filosóficas sobre a vida. Deixa-me vulnerável e de alma exposta. E eu não gosto. Gosto de usar a minha capa de durona e está tudo bem. E o que foi, foi, paciência, vambora.
Mas às vezes, muito raramente, deixo-me levar pela nostalgia e o meu (mínimo) lado sensível vem ao de cima.
Maneiras que na fase da recta final desteDoutormentoDoutoramento, apercebo-me que nem tudo foi mau. Meter-me nesta alhada trouxe pessoas à minha vida que não fariam parte dela se assim não fosse. Se algumas (poucas) houve a quem abri a minha vida e o meu coração para depois me arrepender e aprender de uma vez por todas que se pode ser criança de colo na casa dos vinte (ou trinta), outras conquistaram-me. Por todo. E essas, fizeram desta viagem atribulada um percurso muito, muito melhor. A elas, agradeço todos os momentos que partilhamos: os bons, os muito bons, os assim-comó-assim-isto-não-dá-mais e aqueles que em que bebemos tequilla com os limões que nos caíram no colo. Quando a bicha horribilis está em processo de trabalho de parto (os artigos que faltam e a defesa serão uma segunda gestação gemelar), resta-me agradecer e levar-vos comigo no coração nos capítulos subsequentes desta minha vida com enredo do Kusturica.
Porque a vida é uma verdadeira caixinha de (boas) surpresas...
... quando acordas todos os dias com dores nos tornozelos e assumes que é do tempo.
Ai que estes nevoeiros dão-me dores nas cicatrizes-rambo e nos tornozelos...
A Matriarca da Tribo dos Meninos Perdidos é o verdadeiro poço de sensibilidade:
- Credo que cara! E já viste como tens a testa enrugada? Estás pior que eu e eu já sou uma velha.
Obrigada Mãe, já me sinto com mais ânimo... ah espera, pois, não.
Tribo dos Meninos Perdidos, a animar manhãs de segunda feira desde o tempo dos Vickings...
... e Francisca, a exploradora, trabalha afincadamente para terminar um Mestrado Integrado em Botânica. Isto antes de completar o primeiro ano!
" Where do we go nobody knows
Don't ever say you're on your way down, when
God gave you style and gave you grace
And put a smile upon your face..."
... quando começas a comprar na Zara online!
Este já mora comigo, com promessas de sermos felizes e super fofinhos e ad eternum até o fechode metal nobre de que é feitome apunhalar. Em breve, passaremos para uma relação a três, que o amigo das abelhas (ou Zangões como vendi a coisa a SuperMaridão...) vem a caminho para me aquecer o pescoço também.
Modernices...
Oba oba oba, mais um selinho :) Obrigada Smile & Up!Regras:
1- Só quem recebeu o selo de outro blog pode postá-lo;
2 - Se postar o selo, poste também estas 5 regras;
3 - Repasse para 8 blogs e avise-os;
4 - Blog de origem - http://jardimdealgodaodoce.blogspot.pt/
5 - Dizer quem te mandou e colocar o link: Smile & Up!
Os 8 blogs que escolho (hmmm, não está fácil...Batota!):
- Vestido Preto
- Os dias da Bi
- Às voltas na Terra da Neve
- Home alone not
- Salpicos de uma vida
- Cioccolato
- Ginkgo, o primeiro capítulo do amor
- Bolacha da Maria
- A vida pelos meus olhos
-Tretas minhas, tretas nossas...
... a ajudar à minha desgraça.
Dizer "ah e tal, como gelados de mojito aos toneis e o coiso" não parece tão à bebedolas perdida ressacada e coisas que mais, como emborcar os real ones. E posso sempre dizer que tem proteína e é nutritivo e mais umas coisas póneis assim...
Vambora lontra!
Há dias que não me sabem a Sexta feira. Há semanas que não têm Sexta feira. O (meu) calendário está errado, hoje não é Sexta feira. É que como ser achacada a coleccionar acontecimentos medicinais estranhos (ainda) não me dá equivalência ao grau de Doutor, alomba-se com a bicha horribilis mais um poucochito...
Mas no final de contas, tenho aquele abraço e uma saca de gomas ao fim da noite à minha espera. E por agora, é tudo o que preciso para keep moving forward.
Bom fim de semana!
Os dias continuam a passar rápido, muito rápido. Entre as horas que me escorrem pelos dedos, a sensação de que há algo que está a ficar para trás, nesta estrada que decidi percorrer, adensa-se.
As noites são curtas, rápidas, passadas entre a minha cama e o quarto da Francisca. Sabe sentar-se mas não sabe voltar a deitar-se, chamando a samouca da Mãe em pranto para retomar o seu sono reparador da sua beleza natural. Nos tempos vagos entre berreiro, a minha cabeça viaja à velocidade da luz em pesadelos incompreensíveis, sempre com o mesmo tema: a Tese. E no espaço que sobra entre berreiro e sonhos dignos de serem adaptados a filmes de terror, dedico-me a ler emails no telemóvel, madrugada fora.
É a recta final. No one said it was easy... Mas como diz a minha Avó: entre mortos e feridos, alguém há-de escapar. Sigue adelante...
Eu sou toda todinha a favor de que as mulheres se sintam bem com o seu corpo e tenham orgulho nele. Sou contra o estereótipo de magreza photoshopada vendida nas revistas fashion, que ser anoréctica é coisa com que não se brinca. Sou a favor que cada um usa o quer, que isto ainda não pegou a moda das burkas.
Mas também acho que há mínimos. Eu adorava ter pernas para usar mini saia e short shorts, verdade. Mas não tenho. Adorava ter corpo para determinadas peças de roupa. Mas não tenho. Por isso, visto-me de acordo e para o corpo que me calhou.
A moda pónei dos micro minis calções, alguns dos quais deixam adivinhar a cor da cueca, é gira para quem tem pernas para tal. Quem as tem, pois que as exiba com orgulho. Mas quem não as tem, o espelho antes de sair de casa e o bom senso nunca tiraram pedaço a ninguém. Moi même acha que posso (devo) poupar o mundo a ver a minha celulite e os derrames versão mapa das estradas michelin que dão cor às minhas pernas.
Ah, e já agora, façam a depilação quando querem usar short shorts, pelo amor da santa!
A @uta da crise é pau para toda a colher e colher para nenhum pau.
A @uta da crise serve para humilhar, enxovalhar funcionários. A @uta da crise serve para fazer propostas de trabalho surreais com a desculpa de que há mais quem queira. A @uta da crise serve para cortarem nos direitos adquiridos. A @uta da crise serve para despedir funcionários de um dia para o outro, sem olhar às regras mais elementares da convivência humana em sociedade.
A @uta da crise serve para vedar o acesso a medicação e justificar a sua ausência em farmácias hospitalares. A @uta da crise serve para negar tratamento a doentes oncológicos.
A @uta da crise serve para abandonar animais.
A @uta da crise serve como desculpa para a má-educação e cara de cú.
A @uta da crise serve como desculpa para as condições miseráveis de idosos que entre um pacote de leite ou uma caixa de medicamentos têm de optar por um.
A @uta da crise serve como anticoncepcional porque quem quer ter mais filhos (não é o meu caso que eu já dei para o peditório da natalidade) não ousa sequer concebe-los, que onde comem um vos garanto que não comem dois 365 dias por ano.
A @uta da crise justifica pagar à hora o que equivalente ao que seria pago em 19 e troca o passo, sem pensar no custo de vida de 2012.
A @uta da crise serve para sermos chamados de piegas e afins e que há que ver que isto é uma oportunidade, enquanto perdemos soberania.
A @uta da crise é pau para toda a colher e colher para nenhum pau. A @uta da crise serve para tudo e a todos, mas não serve a ninguém.
* há que chamar as coisas pelo nome
Hóme que juntastes os trapos com a minha pessoa destrambelhada:
Mira que coisas tão lindas que tão bem ficariam sob minha pele branca neoblanc, enquanto escrevo esta Tese de pijama às vaquinhas.
Devolvei-me o ânimo que uma (uma, só uma...) destas pedrarias dignas de Maria Antonieta me trariam ao pescoço (à cabeça não, que essa ficou do outro lado da guilhotina)... Chama-se o poder da cura pelas pedras, nunca ouvistes os seus benefícios?Não são belas, Senhor?
Com tanto empreendedorismo, marcas novas de roupa home-made, empreendedorismo, marcas novas de acessórios home made, empreendedorismo, empresas de cake design, empreendedorismo, a popularem o facebook, acho que me devo remeter à minha insignificância de pessoa sem talento para coisa que o valha.
Não sei costurar, não sei fazer bolos póneis, não sei cantar (mas encanto, especialmente depois de uma caneca de sangria). Sou, portanto, uma nódoa na era do empreendedorismo. Habemus de ser todos patrões. Eu continuarei a ser (des)empregada. Possuo no meu cv uma total ausência de talentos para o empreendedorismo que habita no meu facebook. C'est la vie...